O circo e as artes plásticas

A Café dos Artistas inaugura, com uma aquarela de Lina Bo Bardi, área em que serão reunidas obras de arte que retratam o circo e seus personagens. Colabore enviando-nos sugestões.

Circo 

aquarela sobre papel (32,5 x 50 cm), da arquiteta Lina Bo Bardi


 

Carta aberta

 A Associação de Famílias e Artistas Circenses pede adesão ao movimento que pretende fazer com que o circo seja reconhecido como patrimônio cultural da nação. Para isso, divulga uma Carta Aberta, publicada abaixo, que recebe adesão pelo e-mail circo.patrimonio.cultural@gmail.com . 

Senhoras e Senhores do Poder Público:

        Nessa data em que comemoramos o Dia Nacional do Circo e Internacional do Teatro, a classe artística e demais pessoas apoiadoras, reunidas em diversos cantos do país para celebrá-la, vêm à público manifestar seu desejo e solicitação que, o Circo passe a ser reconhecido como Patrimônio Cultural da Nação.

        O pedido é justificado pelos relevantes trabalhos do Circo, em sua diversidade, como difusor das artes e da cultura popular, ocupando praças, ruas, palcos e demais espaços que lhe sãos permitidos desde as metrópoles aos menores municípios, distritos, vilas e bairros periféricos das comunidades brasileiras, contribuindo no processo formador da sociedade e no desenvolvimento brasileiro.

        O Circo e as pessoas que o acompanham, não raro, fazem valer diversos preceitos da Carta Maior do País, dentre eles, os direitos sociais básicos garantidos no Artigo 6º da Constituição Federal, quando proporcionam Lazer às platéias desprovidas de acesso aos bens culturais, operando, a preços populares, como veículo de distribuição de alegria e riqueza cultural nessas localidades, principal característica do Circo.

        Homens, mulheres e crianças circenses contribuíram e contribuem na produção artístico-cultural brasileira há quase dois séculos, entretanto, todo conjunto que representam as ações de nossos Mestres não está tendo o devido valor. É urgente a necessidade de registrar suas histórias de vida

        O circo e as pessoas que nele trabalham são como pássaros que cultivam e preservam a natureza, semeando arte por todos os cantos e deixando mais alegres as localidades por onde passam.

        Destarte, por esses relevantes motivos, o Circo e as pessoas dele admiradoras se reúnem nessa data para celebrar e, em uníssono, solicitar o seu reconhecimento como Patrimônio Cultural da Nação.

Circo

         Viva o Circo!

         Viva o Teatro!

         Viva o Circo-Teatro!

É dia de festa

Na quinta-feira, dia 27, a classe circense – e também os colegas do teatro de rua – se reúne para comemorar o dia do Circo. Veja abaixo a programação que chegou ao blog. Se você souber, ou for participar, de algum evento, envie os dados. Pretendemos  dimensionar e quantificar a festa, que começou para marcar o dia do aniversário de Piolim (mais informações na área  Dia do Circo). Se a informação chegar antes do dia 27, nós ajudamos a divulgar. Se chegar depois, será uma importante contribuição para a pesquisa. 

Festa no centro

III Palhasseata paulista – Teatro de Rocokóz, em parceria com a atriz Leona Cavalli e a dramaturga Ana Vitória Monteiro, realizam a terceira edição da passeata de palhaços. “Narigudos e simpatizantes” interessados devem se apresentar às 8 horas no Largo do Paissandu, de onde parte a passeata, às 9 horas, em direção a Praça do Patriarca. A partir daí, a direção do evento é entregue ao Movimento de Teatro de Rua. Mais informações: rocokoz@yahoo.com.br.

Ato público – O Movimento Redemoinho – reunião de coletivos teatrais de 11 estados do Brasil – realiza um ato público na Praça do Patriarca, a partir das 10 horas. A programação prevê uma overdose teatral, com a apresentação de vários grupos de teatro de rua que integram o Movimento. Às 16 horas, o grupo sai em caminhada até o Teatro Municipal, onde será lido um manifesto propondo a criação do Prêmio Teatro Brasileiro (para todo o país) e a retomada do Fundo Estadual de Arte e Cultura (para o Estado de São Paulo), como exemplos possíveis de política de Estado para a cultura. O evento se encerra no Teatro Fábrica, às 20h30, com a participação dos pensadores Paulo Arantes e Chico de Oliveira. Mais informações: www.redemoinho.org

Cortejo Dramático e circo de graça – A Rede Estadual de Teatro de Rua, do Rio de Janeiro, programou um cortejo, com concentração marcada para às 15 horas no relógio do Largo da Carioca e saída às 16 horas. O grupo pretende seguir até a Cinelândia, onde ocorrem performances teatrais e números circenses, e depois cruzar a Biblioteca Nacional pela rua Pedro Lessa, em direção ao Palácio Gustavo Capanema, onde está a representação regional do Ministério da Cultura. Antes, na Praça Onze, berço carioca do circo, às 14h30, na lona do circo Crescer e Viver, ocorre um espetáculo gratuito, em reconhecimento ao mestre Piolim. No Interior do Estado, na cidade de Cachoeiras de Macacú, a festa dura nove dias e tem a participação de onze grupos fluminenses de teatro de rua e circo. Contatos: Rede Estadual de Teatro de Rua e Artes Afins: Marcondes Mesqueu (teatroitinerante.rua@gmail.com

Como vai, como vai, como vai

arrelia.jpgEu vou bem, muito bem, bem, bem

Saudamos assim, com o bordão do doce Arrelia, as notícias que chegam do beco do Paissandu, hoje Abelardo Pinto Piolin, publicadas abaixo. Graças a matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, Dayse nos procurou e contou a respeito dos seus guardados.

É assim a pesquisa a respeito de circo. As informações vivem desgarradas por esse mundo, na bagagem de amantes da arte, seja por acidente de nascimento, como no caso da nossa amiga Dayse, seja por gosto. Para quem não sabe, o Seyssel é ninguém menos do que o palhaço Arrelia (1905-2005), que ficou famoso ao se apresentar na TV, no programa Cirquinho do Arrelia (TV Record, 1955-1966). Foi um dos primeiros palhaços a usar a nova mídia no Brasil e, como todos que levam alegria ao povo, foi um homem longevo. Morreu em maio de 2005, sete meses antes de completar 100 anos. Dayse pode contribuir muito com o trabalho de resgate da memória do circo. Nós, daqui, agradecemos, repetindo o bordão do Arrelia, que é pra ninguém se esquecer. 

Data: Wed, 12 Mar 2008 00:35:31 -0300 (Hora oficial do Brasil)
De: “dayse”
Assunto: História do Circo    

Com imensa alegria tive conhecimento, através de matéria do jornal O ESTADO do dia 11 de março sobre a pesquisa de Verônica Tamaoki. Como membro de família circense talvez possa contribuir com alguns relatos, fotos e recortes de jornal que venho guardando por mais de 60 anos.

Por coincidência, nasci no Beco do Paissandu, hoje essa pequena rua leva o nome do palhaço Piolin (Abelardo Pinto) e lá nasci, por ocasião da instalação do Circo Seyssel naquele local.

Meu Nome é : Dayse Seyssel Piro Barreto

Bom ou ruim?

Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens PretosA professora e pesquisadora Antonia Aparecida Quintão dos Santos Cezerilo, que pesquisou a história da Irmandade do Rosário dos Homens Negros, localizada no Largo do Paissandu, questiona o senso comum a respeito dessas entidades, consideradas “instrumentos de alienação”. A pesquisadora se surpreendeu com a descoberta de que havia grande participação dos irmãos de São Paulo no movimento dos Coifazes, liderado por Antonio Bento, que resgatava escravos de fazendas onde havia maus tratos flagrantes e os libertavam, ou escondiam em quilombos.

Ela escreve: …”Se a classe senhorial e as elites quiseram utilizar as irmandades como meio de controle e de integração do negro numa sociedade escravista, este soube transformá-las num espaço de solidariedade, de reinvidicação social e de protesto racial”… A tese está publicada no livro Irmandades Negras: Outro Espaço de Luta e Resistência (1870-1890), editado pela Annablume. 

Pedras no caminho

Piolim e seu empresário       Piolim e Oswald 

O trabalho de pesquisa tem lá suas pedras no caminho, como todo garimpo. No dia 25, durante reunião para gravação de depoimentos, Ayelson Garcia, neto de Piolim e filho dos circenses Ayola Pinto e Nelson Garcia, mostrou alguns guardados da família – preciosos considerando sua genealogia – para a coordenadora da pesquisa Verônica Tamaoki.

Entre as fotos havia uma em que Piolim aparecia na porta do seu circo, cercado por várias pessoas. “Olhei e achei que o rapaz alto ao lado de Piolim era Oswald de Andrade. Perguntei a Ayelson, mas ele não sabia dizer quem era”, conta Verônica.

Com medo de cometer uma tolice, Verônica se calou. E ficou com essa foto na sede da pesquisa, com aquele senhor transformado em uma grande pedra no caminho. O mico seria o mesmo sendo ou não sendo Oswald.

Procurou no acervo de que é curadora e encontrou a foto publicada na edição de novembro/dezembro do jornal Arte & Diversão, editado pelo circense José Galvão, o Kid, um grande pesquisador do circo no Brasil. “Pensei que iria esclarecer a dúvida, mas a legenda identificava apenas Piolim e seu empresário, Jacob Bianchi. Os demais personagens foram identificados como “amigos”. A pedra continuava ali, grande e imóvel. 

Dias depois, durante pesquisa no acervo do Multimeios do Centro Cultural São Paulo, Verônica encontrou uma reprodução dessa mesma foto na pesquisa “Sua Majestade Piolim”, feita em 1987 por Maria Thereza Vargas, que finalmente removeu a pedra, nos informando que aquele senhor é mesmo Oswald. A foto foi tirada em 1940 e é um  registro histórico de um dos mais felizes encontros, o de Piolim e Oswald de Andrade, que tanto bem fez ao circo.

Saiu nos jornais

Hoje, nos jornais Estado de São Paulo e no Jornal da Tarde, saiu matéria sobre a pesquisa da presença do circo no Largo do Paissandu:

Pesquisa resgata história do circo no Paiçandu

Largo no centro de São Paulo foi palco de artistas por mais de um século; documentos, fotos e depoimentos são coletados para preservar tradição
Sérgio Duran
O Largo do Paiçandu, no centro de São Paulo, já foi ponto de encontro de trapezistas, contorcionistas, palhaços e até de duplas sertanejas e cantores populares que tinham o picadeiro como único espaço para ganhar a vida. Todas as segundas-feiras, eles se encontravam no fim da Avenida São João. Chamavam o momento de Café dos Artistas. “Quem olhava pensava que estava acontecendo algum tumulto, de tanta gente na rua”, conta o ex-trapezista José Wilson Leite, de 58 anos, hoje diretor do Circo Escola Picadeiro.Com o tempo, o Café esfriou, o circo entrou em crise e o artista popular passou a ter opções mais rentáveis para apresentar o seu trabalho. Pior: começou a usar a internet e o telefone para vender seus shows. Antes que o último artista desista de visitar o Paiçandu atrás dos seus pares, a pesquisadora e ex-equilibrista Verônica Tamaoki, de 49 anos, lançou-se na aventura de resgatar a história do largo como endereço de arte circense. Encampado pela Secretaria Municipal de Cultura, o projeto está em fase de coleta de material e depoimentos.Entre outros documentos encontrados, Verônica descobriu anúncios de espetáculos circenses que datam de 1887. “O Paiçandu é o ponto de encontro de artistas há mais de cem anos”, contou. “Começou com os circos de cavalinhos, que eram armados no largo. Depois, veio o circo do palhaço Piolim. Dos Trapalhões ao Sílvio Santos, não há ninguém que foi do circo que não conheça essa região.”[DIA 25/2/08]Além de documentos históricos coletados, a pesquisadora gravou 13 depoimentos na Galeria Olido. Franco Alves Monteiro, de 68 anos, o palhaço Chuchu, último parceiro de Piolim, é um dos que levaram uma mala de fotos e documentos para ilustrar o seu testemunho. “Sou a quarta geração de palhaços da família”, disse. “Passo no Paiçandu de vez em quando para conversar com os antigos, mas não tem nada a ver com o que era antes.”Chuchu viajou com circos como o Garcia e o Thiany, representa o Moscou, hoje ancorado em Santo André, e já foi proprietário do Aquarius. É pai do apresentador do SBT Luís Ricardo, um dos atores que representaram o palhaço Bozo. “Piolim era um grande amigo, era companheiro, conselheiro. Eu e minha mulher cuidamos dele no fim da vida, porque ele morreu sem eira nem beira, na lona”, recordou-se o palhaço.O faquir argentino Eugênio Ledesma Ortiz, de 78 anos, conhecido como Yorga, é outro saudosista do Café dos Artistas. Foi onde durante décadas vendeu seus shows de contorcionismo, acrobacia, pirofagia e de engolidor de espadas. Yorga contou que engolia espadas de três tamanhos diferentes, a maior de 58 centímetros, mas que hoje em dia se contenta em abocanhar apenas a menor, de 38 cm. “Deitar em uma cama de pregos ou de vidro é besteira. É muito fácil. Mas a verdade é que ninguém quer mais ver essas coisas.”No passado, Yorga usava o Paiçandu para fazer desafios. Ficou em cama de prego rodeado de cobras durante dias. Chegou a permitir que uma caminhonete média passasse sobre o seu abdome. Seus shows eram disputados pelos empresários circenses do local. “Para mim, o videoteipe é o que enfraqueceu o circo. Quem vai querer abandonar o DVD para passar frio?”, questionou.Segundo a pesquisadora, em maio, será montada exposição na Galeria Olido sobre a história do circo no Paiçandu. Será o primeiro passo para, no futuro, construir um museu. Verônica pede a quem quiser contribuir com documentos ou relatos que procure o blog https://blogdocirco.wordpress.com ou entre em contato pelo e-mail pindorama@pindoramacircus.com.br. “Há muita riqueza para ser mostrada à cidade”, afirmou.

Reduto secular da arte paulistana

Largo Paissandú tomada da esquina da Av. São João em direção à Igreja do Rosário, por volta do ano de 1918. Fotógrafo: Aurélio Becherini. Imagem sob custódia da Divisão de Iconografia e Museus (DIM) da Secretaria Municipal de Cultura.

A primeira fase da pesquisa confirma a vocação do Largo Paissandu para sediar locais de entretenimento. Mesmo no final do século 19, quando era um “descampado alagado e cheio de sapos”, o largo era um dos três locais da cidade onde se podia ouvir “boa música”. As domingueiras eram um programa concorrido, frequentado principalmente pelos imigrantes europeus. Isso além de espetáculos de circo, que se instalavam nos terrenos vagos do entorno. O primeiro registro encontrado até agora data de 1887. Trata-se do anúncio da chegada e início de temporada do Grande Circo Irmãos Carlo, durante o mês de abril.

O Moulin Rouge, cabaré que marcou a vida noturna da cidade na virada do século 19 e início do 20, funcionou em um casarão que ficava onde hoje está o prédio da Secretaria de Cultura, na esquina com a rua Dom José de Barros. Esse casarão se tornaria, em 1905, o Teatro Carlos Gomes, que cederia lugar ao Teatro Variedades, depois Teatro Avenida para, finalmente, se tornar o Cine Avenida, famoso por suas sessões duplas. A partir daí, começam a proliferar os cinemas, que passam a ocupar a avenida São João até a Praça da República. O prédio atual, que abriga a Galeria Olido, foi erguido em 1957.

Mestre Maranhão

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Esta área será inteiramente dedicada a contar a história de pessoas que fazem parte da história do circo no Brasil. A escolha do mestre Maranhão para a estréia foi circunstancial. “Enroscamos” na hora de creditar o Mara, quando fazíamos a relação dos artistas presentes no Café dos Artistas do último dia 25. Ninguém conseguia definir a sua função, ou sua arte. Todos diziam “ele é o mestre.” E ponto final. Até que a Elaine Frere resolveu o problema, nos enviando a pequena, porém esclarecedora, biografia, publicada abaixo. 

   

José Araújo de Oliveira, nasceu em Pernambuco, no dia 24 de setembro de 1923, filho de João Maranhão de Araújo e Maria Cristina de Oliveira. A qualidade de Artesão é resultado de sua convivência com o Pai, que entre tantos ofícios foi ourives. Pequeno ainda, José Araújo ajudava o pai no ofício.

Conheceu, pelas cercanias de Pernambuco, o Bando de Lampião (1918 a 1938), que segundo o Mestre, assistia aos espetáculos dos circos que se apresentavam na região. Mais tarde, no período da segunda Guerra Mundial (1939–1945), perdeu o pai e logo fugiu com um Circo que por lá passava.

José Araújo de Oliveira, o Mestre Maranhão, começou no Circo Fekete. (Consta que o Circo Fekete esteve em Terezina entre 1938 e 1945), fazendo o serviço pesado. Cuidava de animais e da limpeza. Aos poucos ganhou a confiança de todos e como grande observador, aprendeu o ofício com Alemães, Canadenses, Franceses e Russos, entre outros. Nessa função trabalhou também para a Família Temperani.

Nesta época aprendeu a saltar e também o número de arame com salto mortal, mais que isso, aprendeu a confeccionar aparelhos e toda a estrutura que compunha o circo. Em Recife, José Araújo de Oliveira conheceu a Canadense Railda Evans Haywanon, filha do proprietário do Circo Starlight (numa breve pesquisa localizei o circo Starlight em atividade, mas ainda não confirmo que seja o mesmo citado pelo Mestre), uma legítima representante cigana das Artes Circenses, com quem se casou em 22 de setembro de 1945, passando a fazer parte definitivamente da história da Arte Milenar do Circo, principalmente como “Ensaiador”.

Teve dois filhos: Suely Evans de Oliveira e Ronaldo Evans de Oliveira.  Para Suely ensinou o número de contorção, que estreou aos 9 anos como “A Garota de Rã”. Ronaldo apresentava-se com o número de Trapézio de Cabeça e também como “Paradista” em acrobacias ao lado dos pais, além do número de “Quadrante”.

Foram a atração de diversos Circos famosos por todo o país, incluindo o Circo Nerino, Circo Garcia e Gran Circo Moscou. Apresentaram-se também em programas de TV, como por exemplo: “Que delícia de Show” com Ted Boy Marino (Que Delícia de Show estreou em 1967. Era um programa semanal que ia ao ar todas as terças-feiras na TV Globo), e ao lado de Arrelia, levados pelo Palhaço Carequinha.

Os figurinos da família eram desenhados pelo Mestre e bordados pela esposa. Juntos apresentavam o número de “Quadrante”. O Mestre também teve sua própria lona, o “Circo Evans”, ricamente estruturado e com nove veículos. Chegou a criar animais (macacos e leões) e desfilar pelas cidades, um espetáculo grandioso, com a participação de grandes artistas do Circo Norte Americano e domadores de elefantes e macacos do Circo Garcia. Na época da Copa do Mundo no México (1970), mudou de nome, para “Circo México”. Um circo que rompeu as fronteiras do Brasil e chegou a ser montado na Argentina.

Respeitado por todos, por volta dos anos 80, passou a ensinar a Arte do
Circo em escolas e a atuar como empresário, ensinando seus alunos a se
portarem debaixo da lona e a arrancarem os aplausos do público.
Quando ministrava aulas no Circo Escola Picadeiro (1990 a 1994), esteve em contato e ensinou sua arte a vários artistas reconhecidos da atualidade, entre eles: Mário Bolognesi, Alex Marinho (CEFAC – Galpão do Circo), Marco Vettore (Nau de Ícaros) e Fernando Sampaio (Zanni).

De 1994 a 1997 ministrava aulas no Circo Escola Trapézio em Santo André.

Café dos Artistas

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